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VINÍCOLAS

VINÍCOLAS MINEIRAS, COLHEITAS DE INVERNO E OS VINHOS DE DUPLA PODA.

Agora, o que nós pretendemos é designar, a partir de pesquisas científicas, as Indicações Geográficas e criar Denominações de Origem para o vinho brasileiro de inverno

” Murilo de albuquerque regina “

VINÍCOLAS MINEIRAS

Você já conhece os vinhos de Minas Gerais? Existem várias maneiras de conhecer uma mesma cidade. Em locais que produzem vinho, é possível praticar o enoturismo — atividade turística em que a viagem é baseada, principalmente, na apreciação do sabor e do aroma da bebida.

Nessas viagens, os visitantes conhecem de perto a produção dos vinhos, desde o cultivo nos vinhedos até a degustação. E o sul de Minas Gerais é uma das regiões mais tradicionais do país nessa produção, com qualidade reconhecida no mundo inteiro! Muitas dessas vinícolas estão abertas a visitação.

1- LUIZ PORTO – CORDISLÂNDIA

Maquinário italiano e tanques em aço inox fazem parte da excelente estrutura dessa vinícola. Luiz Porto, localizada na região sul de Minas Gerais, tem mais de 15 hectares de vinhedos próprios e capacidade de produzir 50 mil litros de vinho fino ao ano. Seus visitantes podem degustar, passear a cavalo pelos vinhedos e comprar garrafas das bebidas nas lojas.

2- ESTRADA REAL – TRÊS CORAÇÕES

Na região cafeeira de Três Corações, também no sul mineiro, está localizada a sede da vinícola Estrada Real. O primeiro vinho da empresa, o Primeira Estrada, surpreendeu positivamente os críticos da área.

Sua produção segue um processo criterioso de qualidade, que passa desde o desenvolvimento das mudas nas videiras até o engarrafamento. A vinícola promete inovar o segmento e também aceita visitas mediante agendamento.

Vinícola Estrada Real – Mg

3- MARIA MARIA – TRÊS PONTAS

A fazenda cafeeira divide espaço com as mudas para a produção de vinho. A vinícola está aberta à visitação dos turistas mediante agendamento, e é possível degustar os exemplares produzidos. O vinho Bel Sauvignon Blanc, ganhou medalha de bronze no World Wine Awards 2017, realizado pela revista Decanter, em Londres. No local há também um restaurante onde os turistas podem desfrutar de um almoço harmonizado.

Fundador da Maria Maria em meio às videiras da fazenda Capetinga

COLHEITAS DE INVERNO

A prática tradicional conduz o cultivo geralmente no período primavera/verão e, em seguida, deixa a terra descansar até a próxima safra. No entanto, em algumas regiões do Brasil, a colheita de inverno pode ser considerada como uma opção a ser incorporada na rotina da propriedade.

Existem vantagens e benefícios em substituir a entressafra por produção. Para esse fim, costuma-se fazer uso de outra espécie, atendendo aos princípios da rotação de culturas.

POR QUE CONDUZIR CULTURAS DE INVERNO

Pousio é o nome que se dá ao período em que o solo fica sem ser cultivado até a próxima safra de verão. Para a produção agrícola, não é a prática mais indicada para as regiões onde a cultura de inverno se mostra economicamente interessante, embora seja o que tradicionalmente se faz.

Estudos conduzidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) demonstraram que a produção de soja responde melhor quando se pratica a cultura de inverno, ao invés do pousio. Os trabalhos mostraram que isso reduz a infestação de plantas invasoras, a infestação de pragas (reduzindo a demanda por pulverizações) e as perdas de nutrientes no solo.

QUAIS SÃO OS CUIDADOS INDICADOS PARA UMA SAFRA DE INVERNO??

O cultivo de inverno não deve ser considerado como alguma coisa secundária ou de menor importância na propriedade. As vantagens de sua adoção são suficientes para garantir toda a atenção necessária, sobretudo porque deixarão uma boa herança para a cultura de verão, além de trazerem bons resultados financeiros.

De toda forma, nessa época do ano em que se dá o cultivo de inverno, é preciso contar com a incidência de temperaturas mais baixas que reduzem a velocidade do desenvolvimento das plantas. Diferentes culturas se comportam de maneira diversa quando se trata de situações de clima mais ameno ou mesmo frio.

Como você pode ver, a colheita de inverno é uma prática que pode trazer muitos benefícios para a produção, facilitando as condições para a safra de verão e trazendo novos recursos para o produtor.

VINHOS DE PODA DUPLA

Hoje, muitos dos vinhos do Sudeste se beneficiam da inversão do ciclo da videira

A realização da dupla poda consiste, então, na inversão do ciclo da videira por meio da realização de duas podas por ano. Essas podas fazem com que a maturação e a colheita que, no Brasil, ocorre no verão, mais tardar no início do outono, ocorra no inverno. Por isso, são chamados de vinhos de inverno. Nesse período ocorre menor volume de chuva e alta amplitude térmica, contudo beneficia o amadurecimento das uvas.

De acordo com Murillo Regina, o pesquisador responsável por encabeçar esse projeto no Brasil, os meses entre maio e agosto, no sul de MG, tem-se o clima ideal para a produção de qualidade, uma vez que existe a combinação perfeita entre dias ensolarados, noites frias e o solo seco.

Atualmente, existem vinhas em 8 das 12 mesorregiões de Minas Gerais, além de áreas com vinhedos em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, no Centro-Oeste do Brasil e na Chapada Diamantina.

Murilo de Albuquerque Regina – Ganhador do Prêmio Personalidade do vinho 2018

O pionerismo e obstinação do pesquisador Murillo de Albuquerque Regina estão reconhecidos por premiações ao longo dos últimos anos e, sobretudo, pelos resultados alcançados pelos produtores a partir da técnica difundida por ele. Seus estudos no Brasil e Exterior abriram novas fronteiras para o vinho nacional, qualificando aqueles que adotam a técnica da dupla poda. Essa prática inverte o ciclo natural da videira, de forma a criar um clima apropriado para o desenvolvimento das uvas, com grande amplitude térmica no Outono/Inverno.

Entre os últimos prêmios recebidos por Murillo Regina, que é o presidente da Associação Nacional dos Produtores de Vinhos de Inverno (Anprovin), estão o Wines of Brazil Awards e chancelado pela Revista Prazeres da Mesa.

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